10 perguntas curiosas sobre orgasmo (e suas respostas)

Quem costuma ler meus textos aqui sabe que já escrevi sobre orgasmo incontáveis vezes. Já tirei tantas dúvidas sobre o tema que realmente perdi as contas. Mas, no post de hoje, resolvi reunir alguns assuntos mais curiosos que eu até já trouxe aqui outras vezes, porém, agora, todos juntos num compilado de 10 dúvidas sobre orgasmo que você provavelmente já teve... e agora não terá mais! Um guia mais acessível e prático pra você ler sempre que precisar. Bora lá?

Começando por uma que eu já falei bastante aqui, mas não custa reforçar, né? Bom, quando o orgasmo acontece no nosso corpo a gente fica meio "besta" das ideias, risos. E isso rola porque nossas modalidades racionais e o pensamento lógico são reduzidos no cérebro, resultado de um hipometabolismo dos lobos frontais.

Então, nesse momento, as regiões mais profundas e antigas, relacionadas aos instintos primitivos, às emoções e ao sistema de recompensa são ativadas: é o seu sistema límbico falando mais alto. A gente fica mais instintivo e se solta mais, é tudo mais real. Entende?

A explicação científica: hipocampo, hipotálamo e córtex pré-frontal são orquestrados pelo núcleo acumbens, que dispara a produção de dopamina, precursora da adrenalina, e serotonina.

Além disso, uma descarga de motivação e prazer aumenta a frequência cardíaca e respiratória e a pressão arterial, enquanto a ocitocina turbina o desejo e a sensação de conexão emocional. Depois da descarga elétrica, a amígdala chega para jogar água fria e encerrar esse processo. Ela é uma verdadeira desmancha prazeres, mas isso é pro seu bem, acredite! Não fosse isso, o corpo entraria em pane. 

Sim, com certeza! São coisas totalmente diferentes, ainda que estejam totalmente interligadas. Não entendeu nada? Eu explico: o orgasmo acontece no cérebro e estimula a contração do órgão genital e a expulsão do sêmen. Se o homem já ejaculou várias vezes, pode ter orgasmo e não expelir nada, porque o estoque tá zerado.

Também pode acontecer em alguns casos de ejaculação precoce, quando a saída de esperma é tão rápida que nem dá tempo de sentir o orgasmo. Em casos de pacientes que fizeram cirurgia de próstata e que não produzem sêmen, isso também acontece.

Ah, e não posso esquecer dos casos de sexo tântrico - que já comentei em outro texto - quando a prática e a habilidade de prolongar o prazer fazem com que o homem experimente o "orgasmo seco", que é quando ele atinge o orgasmo sem ejacular. Vale voltar nesse texto e ler pra experimentar, hein? Fica a dica.

Quanto às mulheres, essa conta vai longe. Elas podem alcançar orgasmos múltiplos, já que não têm período refratário - que é aquele tempo de pausa depois do orgasmo - e não existe número máximo definido. Mas os homens não ficam atrás não, tá? Com a prática do sexo tântrico (olha ele aqui de novo!) eles podem conseguir atingir o orgasmo várias vezes seguidas.

Vale lembrar que o treino é essencial! Isso porque, geralmente, o orgasmo masculino é seguido da ejaculação. E, depois que ela acontece, não tem jeito: a descarga de endorfina e prolactina acaba com a ereção e é preciso esperar o intervalo de repouso para o cara se empolgar de novo.

Mas, como já citei, o sexo tântrico pode ser o salvador! Praticantes do sexo tântrico conseguem adiar o escape de sêmen por horas, sem fazer disparar o mecanismo do desprazer, com exercícios de concentração e retenção. Os relatos são de vários orgasmos nesse intervalo. 

Nas mulheres, a excitação é bem diferente da dos homens, que precisam apenas de uma maior irrigação sanguínea no pênis para ter uma ereção. As mulheres não dependem só de fatores físicos, o emocional tem um peso bem grande. Por isso, a descarga de endorfina e prolactina do clímax não tem esse mesmo efeito de fim de festa. 

Então, se o estímulo continuar, é possível chegar lá muitas vezes. Existe, inclusive, uma disfunção, o Transtorno da Excitação Genital Persistente, que afeta mulheres: elas têm orgasmos com simples estímulos como ligar o secador de cabelo e andar de ônibus. Uma loucura. Já imaginou?

Essa é fácil: sim, com sonhos eróticos. Quem nunca? Nas mulheres em período fértil, por exemplo, os hormônios criam uma necessidade de sexo e o cérebro envia estímulos ao corpo que podem levar ao orgasmo, mesmo se ela estiver dormindo. Já nos meninos, a excitação e a ejaculação durante a fase REM do sono é bem comum e se chama polução noturna. Pode ter como causa estímulos hormonais ou vontades reprimidas. Quem aí já experimentou essa? Lá na adolescência eu tenho certeza que sim! Risos.

Dá sim! Porque, como já falei aqui algumas vezes, a estimulação é cerebral. E se ela for intensa e persistente, pode dispensar a manipulação dos órgãos genitais. 

Essa pergunta é, ao mesmo tempo, fácil e difícil de responder. É que existem várias teorias que tentam explicar. Ainda que seja capaz disso, o canal vaginal não recebeu a missão de levar ao orgasmo, mas de receber o pênis, ou a penetração. O clitóris - esse sim - é a região exclusiva do prazer.

Agora, algumas pesquisas dizem que o clímax clitoriano é mais superficial e o vaginal é mais intenso. Freud dizia que o primeiro era "imaturo", e o segundo, conseguido por mulheres com maturidade emocional. Hoje já sabemos que isso é balela, né? Poxa, Freud, que vacilo! Já de acordo com os médicos, esses afirmam que orgasmo é orgasmo e ponto final. 

Mas, falando do que se sabe hoje: novas evidências científicas apontam na direção de que esses dois orgasmos são, na verdade, um só. Isso porque a estrutura do clitóris é muito maior do que se imaginava antigamente. A parte externa, que se vê, é só a "ponta do iceberg". E as terminações nervosas dele seriam estimuladas também pela penetração. Nesse sentido, o orgasmo vaginal também pode ser considerado clitoriano. Uma salva de palmas ao clitóris! 

Hmmm, não. Isso não é uma regra. Um estudo das universidades de Central Lancashire e de Leeds, na Inglaterra, mostrou que os gemidos femininos são dissociados do orgasmo. No sexo hétero, homens podem ter a sensação maior de virilidade e até chegar lá mais rápido. Mas, entenda: esse efeito é puramente psicológico. 

Em sua maioria, por questões culturais e emocionais. As mulheres são criadas pra reprimir os desejos e os homens para explorá-los, como já falei algumas vezes em outros textos aqui. Quem lembra? Mas sabia que os cientistas já descobriram algumas formas de atravessar essas barreiras? Eles dizem que a receita é a variedade: a combinação de beijos profundos, estimulação vaginal e sexo oral provou ser o "trio de ouro" pra levar as mulheres ao orgasmo.

No caso dos homens, costuma durar 6 segundos, em média. Tudo depende do estímulo e da reação da próstata, porque às vezes ela se contrai pouco e o orgasmo é mais rápido. Com a idade isso muda e a sensibilidade também é reduzida.

Já nas mulheres, o tempo do orgasmo varia de 10 a 23 segundos, mas isso pode ser estendido com a estimulação contínua. Aqui é tudo questão de prática, viu? E cada espasmo dura, em média, 0,8 segundo.

Ah, mas vale citar um estudo da Escola Médica da Universidade de Minnesota que chegou a conclusões mais animadoras: o tempo é praticamente o mesmo pra ambos os sexos, de 20 a 30 segundos. E, pra alguns, o intervalo sobe para 30 até 90. Vamos preferir esse estudo, né? Risos.

Pra terminar, uma das dúvidas que mais rolam e que é muito simples de ser respondida. No caso dos homens, a tremedeira acontece porque a contração da próstata mexe com terminações nervosas e músculos da coxa, e isso pode provocar tremores e espasmos.

Na mulher, o treme-treme é culpa de contrações que acontecem em toda a região pélvica. Sem falar que, convenhamos, o orgasmo é um desgaste grande de energia e carga máxima de adrenalina, seguida por uma leva de endorfina. É como se você tivesse corrido por alguns minutos sem preparo físico e parado de repente. Nessas condições, a musculatura de qualquer um ficaria trêmula, né? Tá explicado!

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E então, perguntas respondidas? Espero que sim. E espero também que esse compilado seja muito útil pra você nas suas próximas transas. Pode voltar aqui sempre que precisar, ok?