Curiosidades sobre a história do sexo - Parte 02

Seja bem-vindo ou bem-vinda à segunda parte do nosso papo sobre a história do sexo!

E aí, curtiu a primeira parte? Então segura que hoje tem mais! Conteúdo interessante que tem repeteco eu a-d-o-r-o! Bora saber um pouquinho mais sobre esse assunto que a gente tanto ama. Vem junto!

Não, a pílula anticoncepcional não surgiu na Idade Média mas, sim, já haviam outras formas de prevenir a gravidez antes dela. A pílula e a camisinha podem ser os métodos atuais mais populares, mas não são os mais antigos. Existe um documento chamado Papiro Ebers, que data de 1552 a.C. e reúne 700 registros de fórmulas contraceptivas. Mas existem alguns estudiosos que acham que esse documento pode ser ainda mais antigo, coisa de 3000 a.C. Realmente chocante, né? Outro papiro, o Kahun, que data de 1825 a.C., é um resumo ginecológico de 34 parágrafos e dois deles são sobre fórmulas pra evitar a gravidez.

E aí você pensa: mas como eram essas fórmulas? É claro que, naquela época, não eram simples comprimidos. Uma das práticas era a aplicação íntima de mel, por exemplo, que reduziria a mobilidade dos espermatozóides. Outro método era o leite azedo, que libera ácido lático e altera o pH da vagina, fazendo com que ela se tornasse um ambiente nocivo aos espermatozóides. Mas, segura essa emoção: não existe nada comprovado sobre a eficácia dessas técnicas, então não vá testar em casa, ok?

A pílula, como nós conhecemos hoje, foi lançada só em 1957, depois de décadas e décadas de pesquisa. Mas, sabia que o objetivo inicial dela não era evitar a gravidez? Ela foi criada pra tratar distúrbios menstruais, como ciclos irregulares ou sangramentos excessivos. Mas como a pílula acabava tendo também o efeito contraceptivo, milhares de mulheres passaram a relatar que tinham algum distúrbio na menstruação para poder tomar a pílula, com o intuito de evitar gravidez, obviamente. Então, em 1960, a pílula foi finalmente liberada pra uso contraceptivo.

Essa história começou lá atrás, com os egípcios, que acreditavam que o coração era o centro do corpo e da alma. E acreditavam que dele, do coração, partiam todas as veias rumo às extremidades do corpo. E a veia principal terminava onde? No dedo anelar da mão esquerda. 

Por isso, naquela época, os casais deviam usar um arco de metal naquele dedo, pra prender o coração. O círculo da aliança, que não tem meio nem fim, simboliza a eternidade. E aí nós acabamos adotando essa tradição também. 

Um detalhe: isso mostra que, antigamente, esse povo era monogâmico. Na verdade, não existem muitos indícios de poligamia naquela época, com exceção dos faraós. Até porque, o adultério era moralmente condenável - e isso para ambos os sexos. 

Muita gente diz que o Kama Sutra é um manual de posições sexuais, -e talvez você também pense isso. Mas, na verdade, ele não é. O Kama Sutra original fala sobre a conduta dos relacionamentos amorosos. Você imaginava isso? 

Não se conhece a data da sua criação, mas alguns estudiosos acreditam que o livro foi escrito antes de Cristo. O autor foi o indiano Vatsyayana, que compilou e simplificou vários trabalhos que já existiam sobre o assunto.

O Kama Sutra é dividido em 7 partes, com 36 capítulos. E o que ficou famoso foi apenas um desses capítulos, justamente o que ensina posições sexuais. Ah, e no livro original não existem ilustrações, viu? Mas tem de tudo no livro, desde preocupações com a higiene, como tomar banho e escovar os dentes, até mesmo o que fazer depois da transa.

E as práticas sexuais são bem menos acrobáticas do aquelas que começaram a aparecer nas diferentes versões do livro. E são em menor número também: apenas 10 originalmente. Existem algumas classificadas como especiais ou incomuns e outras que falam sobre sexo em grupo e anal. Grande parte das posições que constam hoje no Kama Sutra foram criadas por diferentes autores e também a partir de textos e ilustrações que se popularizaram com o passar dos anos.

Um homem e uma mulher convenceram 694 voluntários a participarem de um estudo em troca de um pagamento simbólico. A pesquisa consistia em transar e se masturbar dentro de um laboratório, enquanto monitorados por eletrodos pra medir batimentos cardíacos e atividade cerebral. Também foram instaladas mini-câmeras dentro de falos de plástico introduzidos na vagina das mulheres. Esquisito, né? Mas necessário! Inclusive, foi o primeiro estudo científico clínico feito sobre sexo.

No ano de 1966 saíram os primeiros resultados da pesquisa, em sigilo, no livro A Resposta Sexual Humana, e era um livro voltado pra médicos e residentes em medicina. Essa pesquisa contribuiu pra quebra de várias crenças que existiam devido a falta de pesquisas científicas sobre o assunto. Os pesquisadores mostraram que os orgasmos clitorianos e vaginais não são separados e também provaram que o tamanho do pênis não interfere no prazer, já que a vagina se molda aos diferentes tipos. Na época, a pesquisa foi criticada, mas o livro se tornou um best-seller.

Você sabia que, na Roma e na Grécia Antiga, receber dinheiro em troca de sexo era uma atividade regulamentada? E boa parte da grana, inclusive, ia para os impostos. Documentos mostram que os homens também se prostituíam, mas para outros homens.

Centenas de anos depois, foram encontradas moedas de bronze que, de um dos lados, tinham um número de I a XVI e, do outro, uma cena de sexo explícito. Alguns dizem que essas moedas eram usadas em bordéis de acordo com o serviço que o cliente queria e o número do quarto onde ele receberia. Outras pessoas dizem que o número gravado significava o preço pago. Seja qual for, a questão é que essa atividade era realmente muito organizada e vista como uma profissão.

Então, ficou de queixo caído com as curiosidades de hoje? Porque eu fiquei. A gente vive tão mergulhado na cultura da nossa era que, às vezes, nem paramos pra imaginar como as coisas surgiram, ou como elas eram feitas antes de ser assim como são hoje. É sempre bom saber um pouco mais da história, ainda mais de um assunto tão gostoso. Continuem com a gente, porque em breve tem mais!